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PROPAGANDA SENDO A ALMA DO NEGÓCIO

Por conta de várias tensões, Real terminou abril muito mal, noticia Marcio Alaor do BMG

Entendo a situação do final de abril

Não há muita novidade em dizer que o real não ia bem frente ao dólar, porém, a situação piorou no mês de abril deste ano, como noticia Marcio Alaor, executivo do Banco BMG. Houve até uma queda da moeda americana ante o real, na última sessão do mês, devido ao movimento do câmbio internacional, além do temor provocado pela greve geral. Porém, isso não impediu que, no geral do mês inteiro, essa moeda registrasse a maior alta mensal desde o mês de novembro do ano passado, 2016.

Esse aumento do dólar, como reporta o executivo, foi um resultado do que alguns chamaram de “recrudescimento das incertezas”, durante várias semanas, devido justamente à aprovação das reformas econômicas domésticas. No entanto, a expectativa para o mês seguinte, maio, era de que essa dinâmica do mercado continuasse sendo levada pelos resultados das reformas em questão.

Outras questões…

Como bem recorda o executivo do banco BMG, Marcio Alaor, a primeira semana do mês de maio seria, na concepção de todos, também de uma “agenda forte”, como costumam dizer, não só em nosso país. A exemplo do Federal Reserve(Fed), que é o Banco Central americano. Nesse período, ocorreria a divulgação da decisão dessa instituição sobre a política monetária.

Já em relação à expectativa do mercado na época, reporta Marcio Alaor do BMG, era de que os juros se mantivessem como estavam, mas ainda assim havia certa cautela, um cuidado para possíveis sinalizações de que se elevariam as taxas. Houve também a questão do “payroll” americano daquele mês de abril, propiciando o aumento das apostas sobre uma situação monetária de mais aperto nos Estado Unidos.

Marcio Alaor, do BMG, reporta o panorama completo daquele momento

Assim naquela última sessão do mês de abril, ocorrida no dia 28, uma sexta-feira, houve um contraste entre a queda do dólar no fechamento do dia e a alta do mesmo nesse dia mais cedo. Isso então repercutiu no valor, levando a taxa para R$ 3,2139. Valor esse que, desde 19 de janeiro, é a ‘máxima intradia’, porque no referido dia chegou-se aos R$ 3,2313.

Marcio Alaor, executivo do Banco BMG, ainda recorda o que disseram os operadores, naquele momento. Segundo os próprios, foram nada menos que as movimentações em torno da Ptax de fechamento de mês que ditaram toda essa pressão. E, para quem não sabe, o dólar Ptax é a taxa que o Banco Central calcula para que sirva de referência na liquidação de contratos futuros, além de outros derivativos.

Pois foi esta que fechou, na última sessão do mês de abril, em alta de 0,70% em relação ao patamar do dia anterior, 27 de abril, chegando a R$ 3,1984 na venda. Já em relação ao mês inteiro, considera-se uma ascensão de 0,95%, sendo que no mês anterior, março, o ganho chegou a 2,23%. Então, nesse mesmo mês, temos um ganho de 1,41% da cotação, uma alta que não era tão forte desde novembro do ano passado, quando foi de 6,23%.

Ainda assim, ao término do mês de abril, a nossa moeda ficou como o sexto pior desempenho, entre 33 pares da moeda americana. Porém, se considerássemos todo o ano de 2017, até aquele momento, veríamos o dólar numa baixa de 2,33%.