O e-commerce brasileirodemonstra sua força ante as instabilidades econômicas. No primeiro semestre deste ano, o faturamento do setor foi de R$ 26,4 bilhões, apresentando uma taxa de crescimento de 12% antes ao mesmo período de 2018, cuja receita foi de 23,6 bilhões.
As informações são do Webshoppers, relatório semestral do comércio eletrônico brasileiro, conduzido pela Ebit-Nielsen, uma das principais entidades que faz a medição do e-commerce.
Número de pedidos e ticket médio
A taxa de pedidos aumentar em 20%, chegando aos 65,2 milhões (no ano passado esse número foi de 54,4 milhões). Além disso, houve um aumento de 18% no número de consumidores que fizeram sua primeira compra online.
O primeiro semestre confirmou a consolidação do e-commerce nacional como canal de vendas em eventos sazonais, a exemplo dos Dia das Mães, Carnaval e Dia dos Namorados.
Nem tudo são boas notícias. Apesar do cenário positivo, houve uma queda de 7% no valor do tíquete médio, que passou de R$ 433 para R$ 404. O tíquete médio é um indicativo com a média do valor gasto nas compras online.
Perspectivas de crescimento
De acordo com as previsões do Ebit, o segundo semestre deve se manter na casa dos 12% de crescimento, impulsionado pelas vendas de dia das crianças e fim de ano. A quantidade de pedidos também deve permanecer em alta, chegando aos 144 milhões, 18% acima dos números do ano anterior.
Em contrapartida, o tíquete médio deve continuar diminuindo, com queda média de 4%. De acordo com Ana Szasz, CEO da Ebit, é possível afirmar que o país permanece na rota do e-commerce, em especial com produtos de bens não duráveis, que se enquadram nas categorias de menor tíquete médio, o que justifica sua redução. Apesar da redução no tíquete médio, o e-commerce nacional como um todo vai bem. Principalmente se forem consideradas as constantes revisões negativas do PIB, incertezas geradas pela instabilidade sócio-econômica, taxa de desemprego que continua elevada.