A Petrobras estima encerrar este ano com uma dívida bruta na casa de US$ 87 bilhões, valor semelhante à dívida da estatal no final de 2019. Devido às adversidades de um cenário pandêmico no Brasil e no mundo, a queda do preço do petróleo impactou bastante na receita gerada pela empresa no primeiro trimestre deste ano. No dia 28 de abril deste ano, a estatal brasileira aprovou a revisão da métrica de endividamento referente ao Plano Estratégico 2020/2024, que substitui o indicador de dívida bruta da empresa.
“Rever a métrica é muito importante agora, devido à alta volatilidade do indicador de dívida líquida/Ebitda, muito sensível às grandes oscilações no preço do petróleo Brent. O foco da companhia está na redução de sua dívida total”, explica a Petrobras em notícias divulgadas na manhã do dia 28 de abril.
“A indicação da dívida bruta que segue mediante a métrica de redução de topo, tem como objetivo minimizar o impacto da volatilidade do preço do petróleo Brent, que afeta diretamente o endividamento da Petrobras e por consequência, as ações da empresa cotadas no mercado. Essas grandes oscilações afetam o planejamento efetivo da empresa em relação à redução de custos, investimentos e ajustes no capital de giro”, diz a estatal em nota.
A empresa revelou que continuará trabalhando com bastante foco na redução da dívida bruta até os US$ 60 bilhões, mas não definiu um prazo. Ao divulgar um planejamento estratégico no mês de dezembro do ano passado, a empresa estimava atingir os US$ 60 bilhões até 2021, algo que permitiria elevar as margens de lucro aos acionistas da empresa de acordo com a política de dividendos adotada pela Petrobras atualmente.
A métrica da segurança do planejamento não foi alterada até o momento, e permanece como a meta traçada para a TAR (taxa de acidentados registráveis por milhão de homens-hora), que está abaixo de 1,0, com o objetivo estar sempre a zero. As medidas tomadas pela empresa são reflexos da pandemia que afetou a economia global e atingiu a cotação dos preços do petróleo no mundo.