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PROPAGANDA SENDO A ALMA DO NEGÓCIO

BNDES pretende realizar leilões no setor de saneamento básico ainda este ano

Mesmo sem ter certeza sobre o futuro da economia por conta da pandemia, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pretende realizar pelo menos três leilões de desestatização voltados para o setor de saneamento básico ainda neste ano. O banco pretende trabalhar sobre as concessões do setor no Rio de Janeiro e Alagoas, além da PPP (parceria público-privada) existente no município de Cariacica, Espírito Santo.

Os três leilões previstos para acontecerem ainda este ano fazem parte de uma carteira contendo oito leilões que irão agregar ao programa de concessão das companhias de água e esgoto. O programa de concessão foi lançado em 2016 pelo BNDES, mas não havia sido colocado em prática até o momento. A princípio, 18 estados brasileiros fazem parte do projeto, porém, houve desistência de alguns estados e no momento somente 8 estão dentro do programa.

Caso os projetos previstos realmente saírem do papel, a estimativa é de R$ 50 bilhões gerados em investimentos no setor. As estimativas são de que essa receita seja gerada ao longo dos próximos 35 anos. As notícias são animadoras para a iniciativa privada e isso irá ajudar a economia de certa forma.

Os leilões da concessão focados na zona metropolitana de Cariacica e Maceió estão previstos para ocorrerem entre julho e setembro deste ano. Já o leilão previsto para acontecer no Rio de Janeiro sobre a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), deverá ocorrer no quarto trimestre deste ano.

De acordo com Fábio Abrahão, diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs do banco de fomento, está previsto cinco leilões de concessão até 2021, e há expectativas de que novos já sejam oficializados e já fiquem aguardando na fila. Um dos maiores motivadores para a execução destes projetos é a aprovação do marco legal do saneamento básico, que já foi aprovado pelo Congresso Nacional e aguarda somente a assinatura do presidente da República.“Estamos negociando outros leilões na região Norte e Nordeste, com uma estimativa de agregar na vida de 10 milhões de pessoas. Além disso, existe um mega projeto de privatização aguardando a aprovação do presidente da República”, explica o diretor.