A advogada e juíza Luciana Lóssio foi escolhida para o cargo do Conselho Nacional dos Direitos Humanos devido ao seu historial. No início desta década, a também ministra foi nomeada para a composição do organismo referente ao Conselho Nacional de Justiça e foi a primeira mulher a ser nomeada por esta entidade para o órgão em questão. Por sua vez, Luciana Lóssio tomou posse como ministra efetiva desse mesmo Conselho em 2013 e foi um fato que deixou a então ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia bastante orgulhosa, uma vez que esta eleição significaria uma igualdade de gêneros na composição da equipa desse Tribunal. A igualdade entre gêneros no Tribunal levou a presidente Cármen Lúcia a referir que este aumento só foi possível pelo crescente interesse feminino na área da justiça e a consequente entrada das mesmas nas áreas jurídicas aquando da sua formação. Luciana Lóssio é uma advogada com larga experiência em assuntos como os temas eleitorais e a costuma destacar a importância do TSE para estes problemas.
A história aqui retratada reflete a importância que a igualdade entre gêneros tem adquirido ao longo dos anos na sociedade brasileira. Apesar da paridade entre gêneros parecer estar resolvida no Tribunal Superior Eleitoral, um estudo de uma organização internacional concluiu que o Brasil está fora do top 100 dos 190 países observados para este estudo e que apresentam maior representatividade feminina na política. Este estudo demonstra que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que a este tema diz respeito e coloca o nosso país atrás de alguns países muçulmanos.
Para esse efeito, o Tribunal Superior Eleitoral fez uma campanha por todo o país para sensibilizar os cidadãos para este tema. O Tribunal aproveitou o facto das eleições autárquicas estarem a chegar para fazer com que este apelo chegasse a vários pontos do país. Segundo a ministra Luciana Lóssio, “após alguns meses desde que a campanha começou a ser divulgada, já tem sido possível observar alguns bons resultados”. A campanha de sensibilização teve o objetivo de lançar o debate e a reflexão pública da matéria, e assim a juíza continuou afirmando que “é cada vez mais comum esse debate ser discutido entre rodas de amigos, colegas e familiares, o que contribui para fazer as pessoas pensarem sobre o assunto e se atentarem para a importância da representatividade feminina na política brasileira”
Outra medida implementada pelo Tribunal Superior Eleitoral foi a fiscalização progressiva dos partidos políticos que obriga a que os mesmos preencheram 30% das suas vagas sejam preenchidas por mulheres. Apenas 10% das mulheres ocupam altos cargos políticos e isso é um fator desprestigiante para o nosso país. Segundo a juíza e advogada Luciana Lóssio, “o ambiente desfavorável em determinados partidos políticos para candidaturas de mulheres, é algo que precisa ser modificado o mais rápido possível”. A também ministra brasileira é uma das principais figuras femininas que lutam perante esta desigualdade evidente e foi membro integrante do Tribunal Superior Eleitoral e pertenceu ao Conselho Nacional dos Direitos Humanos do Brasil.